A morte de Susana Gravato, vereadora da Câmara Municipal de Vagos, às mãos do próprio filho, continua a chocar o país. O jovem de 14 anos encontra-se internado num centro educativo do Porto, em regime fechado, onde é acompanhado de perto por especialistas em saúde mental.

O caso que abalou Portugal ainda está longe de ser compreendido. O adolescente que confessou ter matado a mãe com dois tiros está, por decisão de um juiz, internado num centro educativo do Porto, onde cumpre medidas de proteção e avaliação psicológica.
De acordo com a psicóloga Vera de Melo, o isolamento do jovem é parte de uma fase inicial de contenção e adaptação. “Ele está em regime fechado. Não pode sair, nem ter contacto com ninguém, o que é natural. Faz parte, numa fase inicial, até para garantir que ele se adapta à realidade”, explicou no Dois às 10.
O consultor forense Albino Gomes revelou outro pormenor do internamento e explicou o que significa: “Ele dorme e está vestido com roupa da instituição, até para prevenir a possibilidade de pôr fim à vida”, afirmou.
Vera de Melo acrescentou que, neste momento, não há certezas sobre o estado emocional do menor. “Nós não sabemos como é que ele está. Se está em choque, alienado, se tem noção da gravidade do ato praticado… se sabe o que fez”, sublinhou.
Segundo o Jornal de Notícias, as atitudes do jovem têm sido compatíveis com sintomas obsessivos e compulsivos, podendo tratar-se de uma perturbação obsessivo-compulsiva (TOC) ainda não diagnosticada.
As próximas horas serão consideradas uma “prova de fogo” para os técnicos que o acompanham, já que será avaliado o comportamento e o nível de estabilidade do adolescente.
A morte de Susana Gravato, vereadora de 49 anos, continua sob investigação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Aveiro.