Mãe relembra dia do sumiço do filho há 30 anos no interior de SP: ‘ninguém viu nada’

Aston Alisson desapareceu quando tinha 3 anos, em São Carlos (SP). No Dia da Criança Desaparecida, Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara aponta que 887 menores desapareceram em 6 anos na região e vê falta de comunicação entre autoridades.

Aston Alisson da Silva mất tích vào năm 1994 tại São Carlos và không bao giờ được nhìn thấy nữa — Ảnh: Reproduction/EPTV

30 anos sem respostas. Assim vive a família do menino Aston Alisson da Silva, que desapareceu em 1994 quando tinha 3 anos e meio, em São Carlos (SP). A mãe ainda mantém viva a esperança do reencontro. “Eu espero que ele vai aparecer”, disse Rosemeire Piccirilli.

No Dia Internacional da Criança Desaparecida, celebrado neste sábado (25), um levantamento da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara aponta que 887 crianças e adolescentes desapareceram em 6 anos em 26 cidades da região central do Estado de São Paulo.

Há 2 anos, a universidade criou a Rede Estratégica e de Enfrentamento ao Desaparecimento de Crianças para dar voz às famílias de desaparecidos e traçar estratégias com autoridades para ajudar na localização das vítimas. A rede aponta falta de comunicação e integração entre órgãos. (veja mais abaixo como é o trabalho).

A mãe de Aston começou as buscas por ele no mesmo dia do desaparecimento, em um condomínio de chácaras.

“Era domingo de Páscoa e meu marido ficou trabalhando lá. Quando foi 18h, minha cunhada foi embora, ai meu marido acompanhou ela e o sobrinho e fechou a porteira. Ele escutou 3 gritos. No segundo grito, meu marido olhou e ele estava lá. No terceiro, ele já olhou e não estava mais. Perguntou pra todo mundo, ninguém viu nada e até hoje nada dele”, lembrou Rosemeire.

“Tem vezes que eu sonho que a polícia esta batendo na porta falando que tinha achado o menino”, disse.

A prima de Aston, Diana Pastori, também entrou na luta para encontrá-lo. “Disponibilizei o telefone com bina, tive ligações do Brasil inteiro e de fora também. Nada até hoje”.

A angústia permanece, mas não anula a esperança de poder reencontrar. “Eu só vou descansar o dia que eu morrer, mas que eu vou achar esse menino, eu vou”, afirmou Diana.