Portugal continua em luto pela morte de Pedro Nuno Marques Manata e Silva, cabo da GNR, que perdeu a vida na passada terça-feira, dia 28, durante uma perseguição a uma lancha suspeita no rio Guadiana, no Algarve. O militar, de 50 anos, era reconhecido como um exemplo de dedicação e coragem dentro da corporação.

Nesta sexta-feira, o país voltou a comover-se com o testemunho do filho de Pedro Silva, Diogo Manata Silva, que falou em direto no programa “Dois às 10”, da TVI, ao lado dos apresentadores Cristina Ferreira e Cláudio Ramos.
Diogo surgiu no estúdio acompanhado pela psicóloga e comentadora Melanie Tavares, familiar do militar, e partilhou palavras carregadas de emoção e orgulho.
“É um herói. Qualquer pai é um ídolo, mas o meu pai era o verdadeiro pai de família — em casa e fora dela. Todos os camaradas diziam que ele era um exemplo, tanto para os mais novos como para os mais velhos. Falava com uma admiração enorme pelo trabalho… um trabalho que, infelizmente, o tirou de nós”, desabafou o jovem.
Com a voz embargada, Diogo deixou ainda um apelo sentido às autoridades e à sociedade:
“Vou-me vincular para sempre a ele. Custa muito, porque era o meu exemplo. Espero que o meu pai não seja só mais ‘um’. Espero que seja a gota de água para os de cima terem um pouco de piedade e olharem para os camaradas do meu pai como pais e mães de família — e não apenas como números.”
As suas palavras emocionaram o estúdio e os telespectadores, que nas redes sociais expressaram solidariedade e reconhecimento pelo militar que deu a vida em serviço.
A morte de Pedro Silva, descrito pelos colegas como “um homem íntegro, dedicado e sempre pronto a ajudar”, gerou forte comoção nacional. O caso reacendeu também o debate sobre as condições de trabalho e os riscos enfrentados diariamente pelos agentes das forças de segurança.
 
         
         
         
        